segunda-feira, 24 de março de 2014

Colégio Estadual Olga Benário Prestes

  


 O CE Olga Benário Prestes está localizado em Bonsucesso, bairro que na década de 50 e 60 era considerado a elite do comércio do Rio de Janeiro.
   Para chegar ao CE Olga Benário Prestes, deve-se seguir  a Rua Uranos e entrar na Rua Joana Fontoura, rua de acesso ao morro do Adeus. 
   O prédio possui 26 salas de aula, 62 turmas, com o quantitativo de 2370 alunos. A nossa unidade escolar funciona em três turnos. Há projetos, em parceria , com o CICV, com o INCA, além do Projeto de Leitura. E, em andamento, temos o projeto Nas Águas do Olga e o projeto da Horta.
   Tais projetos fazem parte de um bloco de ações  que têm como objetivo a nossa missão: educar para a Cidadania, levar nossos alunos a um futuro de sucesso.

O Projeto

Introdução:

O AMBENAP visa produzir pesquisa acadêmica com vistas à melhoria da qualidade da Educação Básica, a partir de análise do ambiente escolar e suas implicações no ensino aprendizagem. Será desenvolvido em três escolas públicas do Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, por uma equipe interdisciplinar constituída por professores do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local (PPGDL) do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), professores da Educação Básica, alunos do PPGDL e de cursos de graduação da UNISUAM.



Objetivos:
     
     • Produzir pesquisa acadêmica com vistas à melhoria da Educação Básica, a partir da observação do ambiente escolar e suas implicações no ensino aprendizagem.

     • Investigar a relação entre educação e aprendizado, ambiente natural e ambiente construído, condição socioeconômica das famílias e suas implicações no ensino aprendizagem.

     • Integrar a escola pública à universidade e vice-versa e, ainda, integrar saberes da equipe interdisciplinar de professores e alunos do PPGDL e da graduação aos saberes da escola e da comunidade

     • Elaborar metodologias e materiais didáticos interdisciplinares para professores e alunos, de modo que estes possam avaliar a eficácia destes no aprendizado;



Metodologia:



O método interdisciplinar norteará o trabalho do grupo, por entendermos que os problemas relacionados à Escola Básica não dizem respeito apenas à área da Educação, mas a todas às áreas e à sociedade. O estudo terá pesquisadores e alunos de várias formações, para que se possa, após conhecimento dos dados, debruçar-se sobre eles e produzir resultados significativos para a educação brasileira. Os pesquisadores utilizarão as bases de dados do INEP e também farão pesquisas nas escolas selecionadas, para, por meio de amostragem, conhecerem a realidade destas escolas e o modo como elas “dialogam”, em suas relações cotidianas, com o ambiente, a pobreza e a violência etc, com vistas a contribuir com a melhoria dessas escolas por meio de parecerias entre tais escolas e a UNISUAM.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Aquariofilia serve como ferramenta de conscientização ambiental de estudantes



Vinicius Zepeda

Divulgação/Expoacqua/Unisuam 
            
      Projeto usou ensino de técnicas de manejo de peixes ornamentais
      para fazer estudantes aprenderem a refletir sobre o meio ambiente


  
  Em busca de uma maneira atrativa de ensinar estudantes do Ensino Fundamental sobre a importância da preservação do meio ambiente e da manutenção da vida, uma equipe de professores e pesquisadores ligados ao Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam), a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) – órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca – e a Associação dos Aquicultores Ornamentais do Estado do Rio de Janeiro (AquoRio) desenvolveram um projeto de ensino de técnicas de manejo e conservação de peixes ornamentais em aquário – a chamada aquariofilia. Por sua proximidade, a escola escolhida foi o Ciep Professor César Pernetta, na favela Parque União, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. Ao acompanhar todas as oficinas quinzenais no primeiro semestre de 2013, abordando temas sobre o meio ambiente e produção de peixes ornamentais, os pesquisadores puderam observar a mudança de comportamento dos estudantes. O projeto, que culminou com a doação de aquários e peixes aos estudantes, que passaram a manejar o aquário em casa com a família, contou com auxílio do edital Apoio a Projetos de Extensão em Pesquisa (Extpesq), da FAPERJ.
 Os primeiros resultados do projeto foram tema da dissertação do mestrado em Desenvolvimento Local, na Unisuam, defendida pelo professor de Educação Física do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow de Oliveira (Cefet) Paulo César Nepomuceno dos Reis, sob a orientação de Silvia Conceição Reis Pereira Mello,  coordenadora do projeto e pesquisadora da Fiperj. As oficinas, a exposição de peixes ornamentais e a montagem do aquário envolveram professores e 40 estudantes do 8º ano do ensino fundamental do Ciep, entre dezembro de 2012 e julho de 2013. "Além de envolver diferentes disciplinas, manter um aquário em sala de aula torna-se não apenas um instrumento de lazer como também uma fonte constante de aprendizado. Toda essa atividade com certeza contribui para despertar o interesse dos alunos pela biodiversidade e pela preservação do meio ambiente", explica Silvia.
Divulgação/Unisuam  
      
Entre as atividades, os estudantes do Ensino Fundamental do Ciep
César Pernetta ajudaram na limpeza do aquário instalado na escola   
 O aquário serviu para a realização de inúmeras atividades. Para isso, entre as primeiras etapas do projeto, houve oficinas e práticas em sala, abordando diversos temas, como ação humana diante da natureza, importância de cuidar do planeta, impacto do desmatamento das florestas, importância da qualidade da água, as formas de preservá-la e evitar desperdícios, além da introdução à própria aquariofilia. Nessa etapa, foi preciso definir tamanho do aquário, uso de cascalhos e plantas, iluminação, filtragem, aquecimento e monitoramento da qualidade da água. Diariamente, sob supervisão dos professores, os alunos tinham de acompanhar, numa planilha, a qualidade da água, medindo temperatura, níveis de amônia e pH. Semanalmente, era a vez de proceder à limpeza, com troca de água, evidenciando a importância da manutenção do ambiente limpo para a conservação da vida. "Os alunos também produziram textos com os conhecimentos adquiridos."
  Eles também foram encarregados de levar peixes Betta, ração e um puçá para casa, onde cuidariam deles com a orientação de um manual", conta Silvia. A pesquisadora destaca a importância do envolvimento dos alunos e suas famílias nesses cuidados. "Alguns alunos deram comida demais e acabaram matando os peixes, outros esqueceram de trocar a água. Os que perderam os peixes ficaram extremamente tristes, mas tudo isso os mobilizou e os deixou mais focados e envolvidos no projeto", afirma Silvia. Ela observou também outro benefício desse envolvimento. "Na época, o clima na comunidade era tenso, operações policiais aconteciam regularmente em função do controle do tráfico de drogas na região, e os estudantes viviam um clima de tensão e estresse constante. Os cuidados com os peixes em casa ajudaram a esquecer um pouco essa tensão, levando-os a se concentrarem em cuidar de um animal, no caso, o peixe", destaca Silvia. Os jovens ainda participaram de visitas guiadas a dois grande eventos: a Expoaqua – uma grande exposição de peixes ornamentais, com ciclo de palestras sobre o tema – e o Enabettas 2013 – competição de peixes Betta.
Divulgação/Unisuam 
            
      Silvia Mello e os alunos do Ciep durante o dia da montagem do aquário

 Os estudantes também responderam um questionário. Segundo Nepomuceno, que usou os resultados em sua dissertação de mestrado, alguns deles mereceram destaque. "No que diz respeito à importância do uso da água, inicialmente, 87,5% deles haviam respondido positivamente antes da montagem do aquário. Mas depois, todos foram unânimes em destacar a importância desse recurso natural. Outra questão foi o desperdício. Ao responder a pergunta se fechavam ou não as torneiras enquanto escovavam os dentes, 62,5% responderam que sim, antes do projeto; depois, esse número subiu para 81%. Os dados mostraram uma mudança de atitude em relação à água, e seu consumo", explica Nepomuceno. Sobre o comportamento dos jovens no ambiente escolar, antes do início do projeto os resultados mostravam que 42,5% falavam mais, 35% escutavam mais e 22,5% não responderam. Após o projeto, esse percentual se dividiu igualmente em 50% para falar mais e 50% para escutar. "Essa mudança de atitude e o fato de ninguém deixar de responder à pergunta mostraram o aumento da desinibição dos estudantes quanto a uma participação mais efetiva, o que indicou maior comprometimento e espírito de grupo ao dividirem de forma equilibrada o ato de falar e escutar", complementa.
  Para Nepomuceno, a participação no projeto foi extremamente gratificante. "Pude constatar como os diferentes campos do conhecimento podem se complementar e auxiliar no aprendizado dos jovens. E, como profissional de Educação Física, entendo que tanto o nosso corpo quanto o ambiente pessoal precisam ser estimulados para se manter dentro dos padrões não só físicos, mas éticos e sociais", explica. Segundo o pesquisador, quando a aquariofilia entra como tema motivacional, está buscando criar para os jovens uma oportunidade de se envolver com um tema que desperte seu interesse, além de oferecer uma formação teórica que no futuro poderá contribuir para uma escolha profissional. Ele ainda destaca os valores passados aos estudantes pela iniciativa. "Enquanto instituição responsável pela formação, a escola muitas vezes peca pela valorização do cognitivo em detrimento da formação humana. É nesse sentido que observamos a grande importância desse trabalho, que tem como ponto forte o enfoque no desenvolvimento de valores humanos como responsabilidade e compromisso", acrescenta.
  O aquário no Ciep Professor César Pernetta continua sendo cuidado pelos alunos, professores e estudantes de Iniciação Científica da Unisuam. Em março, cerca de 20 alunos de turmas do 8º e do 9º ano que mais se mostraram interessados no cuidado com os peixes serão selecionados para participar de um curso sobre preservação do meio ambiente e aquariofilia no centro universitário. "O retorno pelos adolescentes tem sido extremamente gratificante. Esperamos buscar mais recursos para expandir o projeto para outras escolas de ensino fundamental e, com isso, aumentar ainda mais a conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente, em especial dos recursos hídricos", conclui.

Link para a matéria original:


© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.


quarta-feira, 19 de março de 2014

Escolas Integrantes do Projeto



Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes




Estrada do Itararé, Nº 690, Ramos, Rio de Janeiro - RJ - CEP: 21061-240



Colégio Estadual Olga Benário Prestes


Rua Joana Fontoura nº 20, Bonsucesso, Rio de janeiro - RJ - CEP: 21060-610


Colégio Estadual Professor José de Souza Marques

Colégio Estadual Chile

Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes





O Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, um dos parceiros do Projeto AMBENAP,  foi construído na área que abrigava galpões da antiga fábrica da Poesi, na Estrada do Itararé, bairro de Ramos, no Rio de Janeiro. O espaço era considerado um grande esqueleto abandonado dentro da comunidade do Complexo do Alemão. Com a instauração do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), foram usados recursos do Governo Federal e do Governo Estadual para revitalizar a área, idealizando-se assim o projeto de um estabelecimento de ensino que fosse referência, uma espécie de UPP Social. O arquiteto Jorge Mario Jauregui foi responsável por este projeto que busca integrar a comunidade ao colégio numa perspectiva sócio geográfica. Foram mais de dois anos de construção e, em 24 de junho de 2010, inaugurava-se o Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes com a presença de autoridades do município e do estado do Rio de Janeiro e representações comunitárias bem como  a irmã do homenageado, Srª Tania Lopes.
Com espaços climatizados, acessibilidade total, rede wi-fi e sistema Conexão Educação, a unidade de ensino possui 15 salas de aula, auditório, biblioteca, áreas de convivência, laboratórios de Ciências e de Informática, sala de multimídia, a sala de Matemática da FIRJAN, salas de recursos, de oficinas pedagógicas, de atividades artísticas, cozinha, refeitório, quadra de esportes e piscina semiolímpica.  A U.E. funciona em três turnos e atualmente tem cerca de 1300 alunos alocados com aulas nas modalidades do Ensino Médio Regular e da Nova Eja Ensino Médio. 
A escola trabalha em prol de uma educação inclusiva que vise à igualdade, respeite a diversidade, que promova conscientização dos direitos e deveres de cada ser humano e deseja ser uma escola de referência na formação e no desenvolvimento cognitivo e sociocultural dos alunos.        
 O C.E. Jornalista Tim Lopes participa dos Programas da SEEDUC: Escola Aberta, Brasil Alfabetizado, PROEIS, Projeto da Sala de Leitura cujo tema escolhido pela comunidade escolar é "Sou jovem. Sou cidadão. Quero participar!" e Reforço Escolar; e de Projetos de instituições  como o "Inca de Portas Abertas", além dos desenvolvidos pela própria U.E. como, por exemplo, a Ação Social no dia de falecimento do jornalista Tim Lopes, 02/06, e, no dia 18/11, data de nascimento do jornalista, a culminância denominada "Tim Mix Cultural".