A pesquisa foi
realizada com crianças e adolescentes (alunos entre 12 e 14 anos de idade), estendendo-se à comunidade escolar. Utilizou como referência para o seu desenvolvimento, a Metodologia da Problematização,
embasada no método do Arco, de Charles Maguerez.
A fim de verificar a mobilização dos alunos
diante do problema em questão - desenvolvimento da cultura de responsabilidade
ambiental no que tange aos resíduos sólidos - foi proposto aos mesmos que
separassem pilhas, celulares, baterias, latas de alumínio, papel, papelão e
garrafas PET utilizados em suas residências, trazendo-os para a escola, pelo
período de 5 dias úteis.
Foi iniciado um
processo de Educação ambiental, por meio de oficinas, com a utilização de
material didático. A coleta
seletiva na escola, etapa importante do processo, subtraiu o caráter puramente
teórico da aula e enfatizou a importância de cada indivíduo para o bem-estar
coletivo.
Após as atividades desenvolvidas em torno da
Educação Ambiental, iniciou-se novamente o recolhimento dos resíduos sólidos,
por mais um período de 5 dias úteis. Os recursos financeiros angariados com a
venda dos resíduos sólios foram revertidos em um lanche coletivo. A pesquisa possibilitou comparar,
quantitativamente, a participação dos estudantes antes e após o desenvolvimento
do Projeto, fato que permitiu identificar que
houve
um aumento dos resíduos sólidos coletados após as aulas de Educação Ambiental.
Verificou-se a importância da Educação Ambiental
para que as crianças e os adultos entendam que o “lixo” é um recurso potencial
e percebam as implicações de atitudes descomprometidas, tanto na geração quanto
em sua destinação, sendo a Escola, por excelência, um dos espaços propulsores
do encadeamento cultural de hábitos e atitudes comprometidas com o destino
responsável dos resíduos sólidos.